Djavan
A primeira fase da minha carreira foi marcada pela presença do Paulinho. Dirigiu os meus três primeiros shows, intermediou encontros inesquecíveis: Aldir Blanc, Cacaso, Paulo Emílio (quando compusemos várias canções), Quincy Jones, Gilson Peranzzetta, Ivan Lins, Nei Lopes…
Humor, honestidade, justiça e generosidade formaram a base da sua personalidade. Tudo isso ele distribuiu aos amigos por toda a vida.
Paulinho me ensinou muito sobre tudo. Aprendi com ele, entre outras coisas, a lidar com minha própria música, num tempo em que a ansiedade e a insegurança me atormentavam. Era ele que com suas palavras, suas observações maduras, me animava, me botava em pé.
Paulinho brincava o tempo todo. Era feliz. Embora dissesse vez por outra, não sei se ainda brincando, que não era feliz no amor. Mesmo convivendo todos os dias, nunca brigamos. Se a gente se aborrecia por alguma coisa, bastava eu me distrair que logo ele vinha : me dava uma “gravata”, beijava a minha cabeça e, fingindo apertar o meu pescoço, dizia: olha aqui o que eu faço com você… A gente ria e tudo voltava ao normal. Paulinho foi um amigo querido, quase um tutor, vislumbrou em mim logo cedo a pessoa e o músico que me tornei. Não tocava nenhum instrumento, mas sabia de música como poucos. Nunca quis pertencer a nenhuma gravadora, usou o seu talento ajudando pessoas de que gostava pelo simples prazer de vê-las crescer na vida.
Foi assim comigo, e eu o agradeço eternamente por isso.
Dja! Que saudade… nunca vou esquecer as madrugadas no Estúdio da EMI Odeon em Botafogo, na gravação do “Seduzir”. A turma da Sururu de Capote nos intervalos jogando buraco comigo… hahahaha!!! Aprendi muita música ouvindo aquela gravação, experiência inesquecível, músicos incríveis e figuraças também! Aquela época toda ao longo da década de 80, teus discos, os trabalhos que meu pai participou com todos vocês foram muito intensos e marcantes pra mim, aprendi a abrir os ouvidos a tudo ali. Caramba, que saudade viu? Beijo grande pra você!
Amo Djavan! E vou contar uma coisa acho que Paulinho deve ser um primo meu distante, ou perto mesmo pois apreciamos música de qualidade, e temos o mesmo sobrenome: Albuquerque….Só falta Djavan dizer que tbém gosta de mim Uau! Vou levitar se isso acontecer! Bjos
Não conhecí Paulinho Albuquerque, mas ouvir falar de tal generosidade, e vindo de Djavan, que é de uma generosidade ímpar (pelo visto no quadro Mandando Bem do Caldeirão do Huck), além de ser uma das vozes mais perfeitas que já ouvi…. E Paulinho contribuiu para que o Brasil o conhecesse. Quantas outras carreiras esse cara deve ter colocado nos eixos hein…? Que bom, que bom!
amo muito tudo isso !!! caramba!!! muito bom vcs todos… saudades…